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O que é IDE (Ambiente de desenvolvimento integrado)?

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Relatório Global Tech Trends 2024

A tecnologia está passando por uma acelerada transformação, gerando mudanças na forma como empresas priorizam suas áreas de negócios. O Relatório Global Tech Trends 2024, em seu 10º ano compartilhando insights do setor de tecnologia, destaca as seis prioridades da TI e três barreiras ao progresso. 

A sigla IDE significa (Integrated Development Environment). Um ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) é um software para criar aplicações que combina ferramentas comuns de desenvolvedor em uma única interface de usuário gráfica (GUI). Um IDE geralmente consiste em:

  • Editor de código-fonte: é um editor de texto que auxilia na criação de código de software por meio de funcionalidades como destaque da sintaxe com indicadores visuais, recurso de preenchimento automático específico da linguagem e verificação de bugs durante o desenvolvimento.
  • Automação de compilação local: são utilitários que automatizam tarefas simples e repetíveis durante a criação de uma compilação local do software usada pelo desenvolvedor. São tarefas como compilação de código-fonte em código binário, criação de pacotes de código binário e execução de testes automatizados.
  • Debugger: é um programa usado para testar outros programas e mostrar graficamente a localização do bug no código original.
 

IDEs ajudam os desenvolvedores a programar novas aplicações de forma rápida, já que os vários utilitários não precisam ser ajustados e integrados manualmente durante a configuração. Os desenvolvedores também não precisam passar horas aprendendo a usar cada uma das diferentes ferramentas, porque cada utilitário está localizado no mesmo workbench. Isso é especialmente útil quando os desenvolvedores são novos no projeto. Eles podem contar com o IDE para se atualizar em relação às ferramentas e fluxos de trabalho da equipe. Na verdade, o objetivo da maior parte das funcionalidades é economizar tempo: o preenchimento inteligente e a geração automática de código, por exemplo, eliminam a necessidade de digitar sequências inteiras.

Outras funcionalidades comuns aos ambientes de desenvolvimento integrados têm o objetivo de auxiliar os desenvolvedores a organizar seu fluxo de trabalho e resolver problemas. Os IDEs analisam o código no momento em que está sendo escrito. Assim, bugs causados por erro humano são identificados em tempo real. Como todos os utilitários estão em uma única GUI, os desenvolvedores podem executar as tarefas sem precisar trocar de aplicação. A maioria dos IDEs também conta com destaque da sintaxe, usando indicadores visuais para diferenciá-la da gramática no editor de texto. Além disso, alguns ambientes de desenvolvimento integrado incluem navegadores de classes e objetos, bem como diagramas de hierarquia de classes em determinadas linguagens.

É possível desenvolver aplicações sem um ambiente de desenvolvimento integrado. O desenvolvedor também pode, basicamente, compilar seu próprio IDE, integrando manualmente vários utilitários com um editor leve de textos, como Vim ou Emacs. O benefício dessa abordagem é o alto nível de personalização e controle que oferece aos desenvolvedores. No contexto empresarial, entretanto, a economia de tempo, a padronização do ambiente e as funcionalidades de automação dos IDEs modernos geralmente superam outros benefícios.

Atualmente, a maioria das equipes de desenvolvimento de software empresarial escolhe o IDE pré-configurado que melhor serve ao seu caso de uso. A questão, portanto, não é decidir usar ou não um IDE, e sim qual usar.

Existem inúmeros casos de usos técnicos e empresariais dos IDEs, portanto são muitas as opções proprietárias e open source no mercado. De modo geral, as características mais importantes que diferenciam os IDEs são:

  • A quantidade de linguagens compatíveis: alguns IDEs são dedicados a uma linguagem específica, por isso acabam sendo melhores para determinado paradigma de programação. O IntelliJ, por exemplo, é conhecido principalmente como um IDE de Java. Outros IDEs suportam uma vasta gama de linguagens. O Eclipse, por exemplo, é compatível com Java, XML e Python, dentre outras.
  • Sistemas operacionais compatíveis: o sistema operacional do desenvolvedor limitará sua escolha, exceto quando o IDE estiver na nuvem. Se a aplicação em desenvolvimento for destinada a um usuário final com um sistema operacional específico (Android ou iOS, por exemplo), isso também pode criar outra limitação.
  • Funcionalidades de automação: a maioria dos IDEs incluem editor de texto, automação de compilação e debugger, e muitos são compatíveis com funcionalidades adicionais, tais como refatoração, pesquisa de código e ferramentas de integração e implantação contínua (CI/CD).
  • Impacto no desempenho do sistema: pode ser importante considerar o volume de memória de um IDE se o desenvolvedor quiser executar, simultaneamente, outras aplicações que demandem muito processamento.
  • Plug-ins e extensões: em alguns IDEs, é possível personalizar os fluxos de trabalho para adaptá-los às necessidades e preferências do desenvolvedor. 

IDEs de desenvolvimento mobile

Praticamente todos os setores foram afetados pela crescente popularidade das aplicações para smartphones e tablets. Além das tradicionais aplicações web, muitas empresas também passaram a desenvolver aplicativos mobile. Um dos principais fatores no desenvolvimento de aplicativos mobile é a escolha da plataforma. Por exemplo, se um aplicativo novo for usado no iOS, Android e web page, talvez seja melhor utilizar um IDE compatível com diversas plataformas em vários sistemas operacionais. 

IDEs na nuvem

Ambientes de desenvolvimento integrado fornecidos como um software como serviço (SaaS) baseado na nuvem oferecem benefícios exclusivos, se comparados a ambientes de desenvolvimento locais. Por exemplo, nas soluções SaaS, não existe a necessidade de fazer download de software e configurar ambientes e dependências locais. Assim, os desenvolvedores podem começar a contribuir imediatamente com o projeto. Isso também viabiliza um nível de padronização dos ambientes da equipe, reduzindo o problema "se funciona na minha máquina, por que não funciona na sua?". Além disso, já que o gerenciamento do ambiente de desenvolvimento é centralizado, os códigos não ficam no computador de uma só pessoa, o que ajuda com as questões de propriedade intelectual e segurança. 

O impacto dos processos em máquinas locais também é diferente. Geralmente, executar compilações e testar suites são processos intensos, por isso os desenvolvedores podem não conseguir usar as estações de trabalho durante essas operações. Um IDE SaaS consegue distribuir tarefas de longa duração sem monopolizar os recursos computacionais de uma máquina local. Os IDEs de nuvem também não costumam depender de plataforma, permitindo a conexão com diferentes fornecedores de nuvem.

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